Por que a sua avaliação deveria começar pelos aspectos da inteligência?

Sabemos do desafio que é saber montar uma bateria de testes específica para cada paciente. Deve-se considerar aspectos únicos do paciente, mas também nortear o seu raciocínio clínico para que a avaliação seja capaz de fazer uma boa correlação anatomoclínica. 

 

Depois de feito uma boa sessão de anamnese, é de suma importância que um dos primeiros testes a serem aplicados para guiar o seu raciocínio clínico, seja um teste padrão ouro para avaliação da inteligência. E você sabe porquê? 

 

Os testes de inteligência fornecem uma medida global das habilidades cognitivas de uma pessoa e nos permite avaliar as questões que aparecem principalmente durante a avaliação, fugindo de vieses de interpretação dos testes e exercitando nosso raciocínio clínico. Eles abrangem uma variedade de áreas, como raciocínio verbal, habilidades matemáticas, memória, velocidade de processamento e habilidades visuais-espaciais. Essa abordagem abrangente ajuda a entender para além dos resultados e das classificações a capacidade cognitiva global do indivíduo.

Outro ponto, é que os resultados dos testes de inteligência podem servir como uma linha de base para as próximas sessões. Isso é útil para observação dos comportamentos interferentes que podem aparecer, envolvendo por exemplo, a ansiedade de desempenho.

 

Logo, os testes de inteligência podem ajudar a diferenciar entre dificuldades cognitivas e problemas emocionais. Por exemplo, sintomas de depressão ou ansiedade podem impactar o desempenho em alguns testes, e a avaliação global ajuda a compreender essas nuances.

Em resumo, os testes de inteligência são uma ferramenta valiosa no arsenal do neuropsicólogo, fornecendo uma visão abrangente das habilidades cognitivas e contribuindo para a compreensão das necessidades individuais do paciente.