Princípios elementares para uma boa anamnese

Para garantir especificidade e também conseguir delinear o perfil do paciente que tem todas as suas complexidades e necessidades pós diagnósticas, precisamos estar bem preparados para fazer uma boa anamnese. Afinal de contas, ao final da avaliação, não serão os resultados categóricos dos testes que vão determinar o possível diagnóstico, mas será por meio do  seu raciocínio clínico e da forma como você explorou os relatos e conseguiu correlacionar com a avaliação clínica é que será possível chegar a uma conclusão.

 

Sabemos que a hipótese diagnóstica para cada caso começa com uma boa anamnese. É por meio dos relatos e das descrições que se pode construir um protocolo  e levantar os pontos e questionamentos a serem investigados na avaliação neuropsicológica.

 

Por isso, elencamos alguns princípios fundamentais para se fazer uma boa anamnese que considera as reais dificuldades do paciente, além de conseguir atestar os reais comprometimentos na funcionalidade do indivíduo em questão, de modo a fugir dos relatos enviesados e principalmente do erro de distribuição diagnóstica incoerente. Além disso, ao fazer uma boa anamnese, você, como profissional, pode ser ainda mais assertivo e ético em oferecer não um rótulo ou apenas um código do CID para o seu paciente, mas encaminhamentos que vão ampliar as condições de saúde e qualidade de vida daquela pessoa.

 

Seguem aqui três princípios elementares para se fazer uma boa anamnese: 

1- É extremamente importante explorar o entendimento da pessoa entrevistada sobre os comportamentos do paciente. É preciso se ocupar  na descrição dos antecedentes, das respostas, e das consequências daquele comportamento. Perguntas como “como isso acontece?”, “o que é feito depois que esse comportamento aparece?”, “o que estava acontecendo antes?” e “quais são os prejuízos deste comportamento?”, devem ser feitas em vez de apenas aceitar  descrições do tipo  “meu filho é muito ansioso” ou “ela é bastante avoada e preguiçosa”. 

 

2- Outro princípio elementar é a caracterização dos ambientes, elencando os fatores contextuais que podem estar influenciando nas dificuldades daquele paciente. Esse cuidado facilita que as propostas de encaminhamento e intervenção sejam mais assertivas. 

 

3- Deve-se considerar o histórico das dificuldades e também o histórico do desenvolvimento do indivíduo. Posto isso, quero te perguntar: é mais importante você ter detalhes do período gestacional e do nascimento do seu paciente ou gastar mais tempo na anamnese explorando o perfil atual dele? Considere priorizar as queixas atuais.

 

No curso “Anamnese para neuropsicólogos” Andressa Antunes traz informações e orientações ainda mais específicas para te ajudar nessa partida inicial com os casos e que é fundamental para seu raciocínio clínico ao longo de todo o processo de avaliação neuropsicológica. O curso conta com o seguinte cronograma: 

 

  • Princípios gerais de uma boa anamnese
  • Quais são as informações realmente importantes na anamnese de um neuropsicólogo?
  • Como otimizar a coleta de informações?
  • Entenda melhor os fatores relacionados à queixa clínica
  • Como explorar a caracterização de comportamentos?
  • Como explorar os relatos do perfil cognitivo e comportamental?
  • Como explorar a história pregressa e o histórico do desenvolvimento?
  • Como levantar hipóteses a partir do relato?

 

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